sexta-feira, maio 25, 2007

Past...

"Lembrei- me de ti, quando beijara teu rosto de homem, devagar, devagar beijara, e quando chegara o momento de beijar teus olhos - lembrei-me de que então eu havia sentido o sal na minha boca, e que o sal de lágrimas nos teus olhos era o meu amor por ti. Mas, o que mais me havia ligado em susto de amor, fora, no fundo do fundo do sal, tua substância insossa e inocente e infantil: ao meu beijo tua vida mais profundamente insípida me era dada, e beijar teu rosto era insosso e ocupado trabalho paciente de amor, era mulher tecendo um homem, assim como me havias tecido, neutro artesanato de vida."

Clarice Lispector (A Paixão Segundo G.H.)

terça-feira, maio 15, 2007

Carvão
Ana Carolina
Surgiu como um clarão
Um raio me cortando a escuridão
E veio me puxando pela mão
Por onde não imaginei seguir
Me fez sentir tão bem, como ninguém
E eu fui me enganando sem sentir
E fui abrindo portas sem sair
Sonhando às cegas, sem dormir
Não sei quem é você

O amor em seu carvão
Foi me queimando em brasa no colchão
E me partiu em tantas pelo chão
Me colocou diante de um leão
O amor me consumiu, depois sumiu
E eu até perguntei, mas ninguém viu
E fui fechando o rosto sem sentir
E mesmo atenta, sem me distrair
Não sei quem é você

No espelho da ilusão
Se retocou pra outra traição
Tentou abrir as flores do perdão
Mas bati minha raiva no portão
E não mais me procure sem razão
Me deixe aqui e solta a minha mão
Eu fui fechando o tempo, sem chover
Fui fechando os meus olhos, pra esquecer
Quem é você?
---x---x---x---

Sim, essa é a pergunta que eu gostaria de fazer... Duas músicas, a mesma pessoa. Dentro de um mundo à parte onde as coisas nem sempre acontecem como deveriam. E o amor não é mais valorizado. Nem tem mais tanta intensidade. Nem sempre foi assim. Não entre a gente.

Ruas de Outono
Ana Carolina

Nas ruas de outono, os meus passos vão ficar
E todo abandono que eu sentia vai passar
As folhas pelo chão que um dia o vento vai levar
Meus olhos só verão que tudo poderá mudar
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada
Quero ter você bem mais que perto
Com você eu sinto o céu aberto
Daria pra escrever um livro, se eu fosse contar
Tudo que passei antes de te encontrar
Pego sua mão e peço pra me escutar
Seu olhar me diz que você quer me acompanhar
Eu voltei por entre as flores da estrada
Pra dizer que sem você não há mais nada...

domingo, maio 13, 2007

missing...

Vamos falar sobre isso. Esse sentimento esquisito que nos assalta às vezes, normalmente quando menos queremos ou podemos saciá-lo. Do que mais eu posso falar? Se é ela, a saudade que me mata, me angustia, me faz pensar em você... Mas de forma alguma cometerei novamente as mesmas demagogias (sempre tão odiosas), infringindo a minha regra de te esquecer. Para sempre. Me refiro assim à saudade que chega de mansinho, como quem não quer nada, e nos pega de surpresa quando se mostra grande e forte. Não é saudade da pessoa, mas dos sentimentos que juntos compartilhavam, das emoções, da alegria. Isso poderia ter sido sentido com qualquer um, mas foi especificamente aquela pessoa que nos despertou para esse lado da vida. A mesma pessoa que vez em quando desperta a saudade dentro da gente, e às vezes até faz uma lagrimazinha rolar face abaixo... Saudade do sorriso. Do jeito de falar. Das juras. Das borboletas na barriga. DO OLHAR. Aquele olhar ingênuo, penetrante, encantador. Jamais volta. Nunca voltará.

Profile

"Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem da minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas (...). Descobri, enfim, que o amor não é um estado de alma e sim um signo do zodíaco."
Gabriel Garcia Marquez

quinta-feira, maio 10, 2007

chronicle about rational love

*Procura-se um namorado*
Eu moro em Ribeirão Preto, e como a vida de universitária é muito complicada, vou utilizar todos os meios possíveis para conseguir meu intento.
Eu quero um namorado. Mas se isso fosse fácil assim, eu já teria arrumado, né?! Maaaas me faltam pretendentes, e principalmente: PRETENDENTES QUE EU NAMORARIA! Portanto, falarei um pouco sobre mim e sobre as características que meu futuro namo deve ter:
· Eu sou extrovertida, falante e há dias em que eu acordo depois de ter dormido com o Bozo (engraçadinha, entenda), por isso meu futuro namorado deve ter uma dose extra de paciência no quesito suportar piadinhas bestas.
· Eu sou metódica, e sigo padrões próprios de comportamento. Sensibilidade para entender isso é fundamental.
· Eu não gosto de loiros. Mas de resto, aparência física não conta muito. É lógico que eu não sou hipócrita, meu futuro namorado DEVE ser bonito, mas EU devo achá-lo bonito, e meus padrões são beeem flexíveis. Você não tem certeza se é bonito o suficiente? Faça assim: pergunte para a sua mãe e ela lhe dirá tudo que você precisa ouvir a esse respeito.
· Eu sou sincera, mas em absoluto digo tudo exatamente da forma que eu penso. Eu digo sim, mas eufemismos são MUITO utilizados.
· Meu futuro namorado DEVE trabalhar e/ou estudar. Se só trabalhar, deve ter vontade de estudar também (no caso de não ter cursado a faculdade). Se só estuda, deve levar MUITO a sério a faculdade, pra não ser burro. Se fizer os dois, nunca deve estar cansado demais para mim.
· Eu não quero alguém que não seja ou venha pra RP sempre, porque daí fica difícil, né?!
· E por fim, deve sempre usar tênis com meias brancas e se possível cuecas pretas, afinal, coisa colorida é um horror! xD ..
· Bom... interessou? Acha que fazer eu me apaixonar por você? Ótimo!
Me envie um e-mail, falando sobre você (cuidado com os erros gramaticais e ortográficos!). mas não me adicione nem no MSN nem no Orkut. Se você estiver com preguiça de me enviar um e-mail, então esqueça! E se me adicionar, eu vou considerar duas alternativas: ou você é burro demais para entender o que eu escrevi ou você não leu tudo até o fim, e em qualquer uma das opções me namorar não daria certo.
É isso aí... obrigada pela atenção...

;D